terça-feira, 6 de março de 2012

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Eu quero sair correndo e me esconder embaixo na cama, tapar os olhos com os travesseiros e gritar.
Não posso! Não quero! Não posso me permitir te magoar.
Se é contigo que quero estar... Mas ao mesmo tempo quero fugir.
Meu passado é escuro como as nuvens que se armam lá fora.
Como o vento que sopra anunciando a tempestade de lágrimas em meus olhos negros...
Me desculpe não sei me expressar. Desculpe não sei gostar, e não permito que de mim gostem... Eu sou assim, não há nada que mude.
Sim eu poderia usar palavras complexas, e utilizar de todo meu lirismo para falar sobre qualquer coisa.
Mas eu não sou assim.
Eu tenho medo. Medo de tocarem nas feridas do que já passou. Medo do presente, dos risinhos de escárnio, das ironias do cotidiano. Não sei escrever palavras bonitas. Sei escrever o que sinto, e acredite não é algo tão belo.
O contraste me deixa desanimada. Eu sou fracassada, desisti de tudo, e a cada vez que desistia, morria um pedaço de mim. Não consigo mais me permitir. Não tenho mais coragem de abrir as portas da minha casa e deixar alguém entrar.

Emoções esfarrapadas. Açoitadas. Sentimentos quebrados, fragmentados em mil pedaços. Alguém tem cola? Não. Não tente. Nada pode me fazer inteira de novo. Ninguém. Não se conserta o que nasce defeituoso...

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